Ensaio
Maria, 2017
Objeto 136x115 (dimensões variáveis no espaço) Som 4’29’’, loop
Tecido de algodão bordado com fio de cobre 0.5mm
Sinopse
Quis falar de ausência na sequência de projetos anteriores. Antes a “ausência” surgiu como consequência de uma necessidade de libertação física e emocional que me levou ao abandono de vários objetos. A sua tradução foi através do uso da fotografia que para além de evocar uma memória, falava de coisas que já não me pertenciam, que deixaram de existir em mim. Ao refletir sobre o tema, cheguei à conclusão que “ausência” para mim, não é só a perda de algo ou alguém, a falta de ou o espaço vazio que outrora esteve ocupado. Veio-me à memória um texto que escrevi sobre uma menina que corria de um lado ao outro do café e tive saudades. Ausência são saudades. Saudades de ser criança e não poder, de correr de um lado ao outro do café e não dever. Saudades de ser, só.
Maria, 2017
Objeto 136x115 (dimensões variáveis no espaço) Som 4’29’’, loop
Tecido de algodão bordado com fio de cobre 0.5mm
Sinopse
Quis falar de ausência na sequência de projetos anteriores. Antes a “ausência” surgiu como consequência de uma necessidade de libertação física e emocional que me levou ao abandono de vários objetos. A sua tradução foi através do uso da fotografia que para além de evocar uma memória, falava de coisas que já não me pertenciam, que deixaram de existir em mim. Ao refletir sobre o tema, cheguei à conclusão que “ausência” para mim, não é só a perda de algo ou alguém, a falta de ou o espaço vazio que outrora esteve ocupado. Veio-me à memória um texto que escrevi sobre uma menina que corria de um lado ao outro do café e tive saudades. Ausência são saudades. Saudades de ser criança e não poder, de correr de um lado ao outro do café e não dever. Saudades de ser, só.
Eu aparente
Aparente(mente?), 2017
89x14x14 cm
Parafina e Cera de abelha
Sinopse
Em jeito de entrevista, Figura vertical, acentuada pelo cabelo comprido. Tranquila, calma, serena, delicada e doce. Dama vitoriana. Elegante, traços suaves. Menos idade do que a que realmente tenho. Cabelo atrás da orelha, cabeça inclinada. “Piscas os olhos em número par.” Calma, beleza inteligência. Segura de mim mesma, personalidade difícil, tranquila. Pureza (já me disseram que sou parecida com a imagem das santas). Frágil, suave, quieta, sossegada. A forma como falo, dicção cuidadosa, doce, embalo. “Punha-te a contar histórias aos meus filhos.” Silhueta, leve. Cores claras, cal, branco, polido. “Ar precioso.”
Imagens do Processo
Eu interior
Sem Título, 2018
120x185 Som 11’58’’, loop
Impressão de fotografia sobre papel
Sinopse
"Porque é que vocês têm medo da morte? Talvez seja porque não sabem como viver? Se soubessem como viver totalmente, teriam medo da morte? Se amassem as árvores, o pôr do sol, os pássaros, a folha caída, se estivessem conscientes de homens e mulheres em prantos, dos pobres, e realmente sentissem amor no vosso coração, teriam medo da morte? Teriam? Não sejam persuadidos por mim. Vamos pensar nisto juntos. Vocês não vivem com alegria, não estão felizes, não são vitalmente sensíveis às coisas; e é por isso que perguntam o que acontecerá quando morrerem? A vida para vocês é sofrimento e, assim, estão muito mais interessados na morte. Sentem que talvez exista felicidade depois da morte. Mas esse é um tremendo problema, eu não sei se querem entrar nele. Afinal, o medo está no fundo de tudo isto – medo de morrer, medo de viver, medo de sofrer. Se vocês não podem compreender o que causa o medo e livrarem-se dele, então não importa muito se estão vivos ou mortos."
J. Krishnamurti, The Book of Life
Sem Título, 2018
120x185 Som 11’58’’, loop
Impressão de fotografia sobre papel
Sinopse
"Porque é que vocês têm medo da morte? Talvez seja porque não sabem como viver? Se soubessem como viver totalmente, teriam medo da morte? Se amassem as árvores, o pôr do sol, os pássaros, a folha caída, se estivessem conscientes de homens e mulheres em prantos, dos pobres, e realmente sentissem amor no vosso coração, teriam medo da morte? Teriam? Não sejam persuadidos por mim. Vamos pensar nisto juntos. Vocês não vivem com alegria, não estão felizes, não são vitalmente sensíveis às coisas; e é por isso que perguntam o que acontecerá quando morrerem? A vida para vocês é sofrimento e, assim, estão muito mais interessados na morte. Sentem que talvez exista felicidade depois da morte. Mas esse é um tremendo problema, eu não sei se querem entrar nele. Afinal, o medo está no fundo de tudo isto – medo de morrer, medo de viver, medo de sofrer. Se vocês não podem compreender o que causa o medo e livrarem-se dele, então não importa muito se estão vivos ou mortos."
J. Krishnamurti, The Book of Life
Proposta 1 - Objeto de autor 1.1 - Edição de objetos
Tema: O meu corpo é a minha memória, a minha memória é a minha prisão.
(Des)amor, 2018
Almofada e coração - 7x16x16 cm
Cerâmica, Veludo, Aço
Sinopse
Este trabalho surge como uma materialização de expressões e sentimentos associados ao coração, que partem de recordações e experiências individuais. Quis falar de amor, ou da falta dele, de sensações, de coisas que fogem ao meu controlo - a ação do outro seja no sentido real ou metafórico. Partir ou não partir? Na verdade, a escolha nunca é minha. “(Des)amor” é um diálogo entre o físico e o psicológico, o pensamento e a ação, amor e dor, prazer e desprazer.
Tema: O meu corpo é a minha memória, a minha memória é a minha prisão.
(Des)amor, 2018
Almofada e coração - 7x16x16 cm
Cerâmica, Veludo, Aço
Sinopse
Este trabalho surge como uma materialização de expressões e sentimentos associados ao coração, que partem de recordações e experiências individuais. Quis falar de amor, ou da falta dele, de sensações, de coisas que fogem ao meu controlo - a ação do outro seja no sentido real ou metafórico. Partir ou não partir? Na verdade, a escolha nunca é minha. “(Des)amor” é um diálogo entre o físico e o psicológico, o pensamento e a ação, amor e dor, prazer e desprazer.
Imagens do processo
Proposta 3 - Quase final
Tema: O meu corpo é a minha memória, a minha memória é a minha prisão.
(Não) Somos crianças cheias de alegria, 2018
12x12x12
Acrílico, Bibe
Sinopse
“(Não) Somos crianças cheias de alegria” fecha e comprime um momento, uma recordação, um corpo. O corpo da criança que usou aquele bibe. Uma criança que cantou um hino que ia completamente contra aquilo que sentia quando o cantava. Não era uma criança cheia de alegria, não ali. Mas era em casa. Uma recordação arrumada, onde não quero mexer, mas da qual me é impossível libertar porque cresceu comigo, porque vive comigo. Uma recordação que demora 10 a 15 anos a passar, mas que na verdade, nunca passa.
Tema: O meu corpo é a minha memória, a minha memória é a minha prisão.
(Não) Somos crianças cheias de alegria, 2018
12x12x12
Acrílico, Bibe
Sinopse
“(Não) Somos crianças cheias de alegria” fecha e comprime um momento, uma recordação, um corpo. O corpo da criança que usou aquele bibe. Uma criança que cantou um hino que ia completamente contra aquilo que sentia quando o cantava. Não era uma criança cheia de alegria, não ali. Mas era em casa. Uma recordação arrumada, onde não quero mexer, mas da qual me é impossível libertar porque cresceu comigo, porque vive comigo. Uma recordação que demora 10 a 15 anos a passar, mas que na verdade, nunca passa.