Proposta 1 - Ensaio
Peça com dimensões variáveis
Materiais: Tecido e amido de milho
Técnica: Endurecimento de tecido com pasta de amido de milho e água
Ano: 2017
O ponto de partida para o inicio do trabalho foi o material, neste caso, o tecido. Pretendi a partir do tecido dar-lhe características que não são a partida desse objecto. Essa matéria têxtil é uma matéria maleável, que não se mantém na mesma posição, e que se molda facilmente ao movimento que lhe é imposto, portanto, o ponto inicial deste ensaio seria fazer com que o tecido adquirisse uma forma petrificada por um processo, e que deixasse de ter essa mutabilidade em relação ao movimento e ás acções que temos sobre ele.
Após alguma experimentação com formas e tecidos de pequena dimensão decidi realizar o ensaio com a técnica de endurecer o tecido com pasta de amido de milho (maizena) e água, obtendo assim um resultado plástico que continha as formas pretendidas.
Materiais: Tecido e amido de milho
Técnica: Endurecimento de tecido com pasta de amido de milho e água
Ano: 2017
O ponto de partida para o inicio do trabalho foi o material, neste caso, o tecido. Pretendi a partir do tecido dar-lhe características que não são a partida desse objecto. Essa matéria têxtil é uma matéria maleável, que não se mantém na mesma posição, e que se molda facilmente ao movimento que lhe é imposto, portanto, o ponto inicial deste ensaio seria fazer com que o tecido adquirisse uma forma petrificada por um processo, e que deixasse de ter essa mutabilidade em relação ao movimento e ás acções que temos sobre ele.
Após alguma experimentação com formas e tecidos de pequena dimensão decidi realizar o ensaio com a técnica de endurecer o tecido com pasta de amido de milho (maizena) e água, obtendo assim um resultado plástico que continha as formas pretendidas.
Proposta 2 - O eu aparente
Dimensões: 26x28x28cm
Materiais: Fimo, tecido, cabelo sintético
Técnicas: Modelação de fimo e costura de tecido.
Ano: 2017
Quando penso no eu aparente, penso que existe um certo resguardo num conforto muito pessoal que ás vezes me faz passar quase como despercebida. Raramente inicio diálogos e não posso dizer que seja propriamente fluente em continuá-los.
De Inverno, é comum usar mais de uma camada de mantas ou xailes, que aliados a um comportamento de isolamento e de placidez me conferem uma aura velhinha, uma criatura que está quase sempre no seu canto “dentro do cobertor”.
Optei por realizar uma boneca, com uma escola relativamente reduzida, que fosse uma representação da minha fisicalidade, mas também da minha atitude. Sendo que se situa a um canto como que por algum motivo ela tivesse sido apartada.
Materiais: Fimo, tecido, cabelo sintético
Técnicas: Modelação de fimo e costura de tecido.
Ano: 2017
Quando penso no eu aparente, penso que existe um certo resguardo num conforto muito pessoal que ás vezes me faz passar quase como despercebida. Raramente inicio diálogos e não posso dizer que seja propriamente fluente em continuá-los.
De Inverno, é comum usar mais de uma camada de mantas ou xailes, que aliados a um comportamento de isolamento e de placidez me conferem uma aura velhinha, uma criatura que está quase sempre no seu canto “dentro do cobertor”.
Optei por realizar uma boneca, com uma escola relativamente reduzida, que fosse uma representação da minha fisicalidade, mas também da minha atitude. Sendo que se situa a um canto como que por algum motivo ela tivesse sido apartada.
Proposta 3 - O eu interior
Materiais: Madeira e trapilho
Técnicas: Tricô em trapilho
Ano:2018
Aquilo que sou por dentro, aquilo que com que mais me posso identificar, num grande plano, e não num detalhe da minha memória, é a minha convivência com um acumular de situações que me remetem a uma inexorável repetição de uma coisa que não leva a coisa nenhuma.
12 anos, quero resumir 12 anos numa manta de tricô. Por todos os pontos serem iguais e por tudo vir de um mesmo fio, que se puxado, logo se desfaz. É um fazer constante que não representa nada, que parece não acrescentar nada, que mais valia fazer, para desfazer, porque o facto de estar feito não quer dizer que não se possa desfazer e refazer.
Esta manta não tem fim, está sempre em processo, dá sempre para continuar, a ponta estende-se para que em alguma altura tal aconteça. Pois, apesar de o período retratado haver findado, penso trazer comigo as reminiscências de tais comportamentos.
Técnicas: Tricô em trapilho
Ano:2018
Aquilo que sou por dentro, aquilo que com que mais me posso identificar, num grande plano, e não num detalhe da minha memória, é a minha convivência com um acumular de situações que me remetem a uma inexorável repetição de uma coisa que não leva a coisa nenhuma.
12 anos, quero resumir 12 anos numa manta de tricô. Por todos os pontos serem iguais e por tudo vir de um mesmo fio, que se puxado, logo se desfaz. É um fazer constante que não representa nada, que parece não acrescentar nada, que mais valia fazer, para desfazer, porque o facto de estar feito não quer dizer que não se possa desfazer e refazer.
Esta manta não tem fim, está sempre em processo, dá sempre para continuar, a ponta estende-se para que em alguma altura tal aconteça. Pois, apesar de o período retratado haver findado, penso trazer comigo as reminiscências de tais comportamentos.
Proposta 4 - Resposta a 1.2
Tema: Clausura desejada pelo próprio (Guardar a chave da própria cela)
Título: “Só mais uma flor, e outra, e outra…”
Dimensões: Forma circular com 90cm de diâmetro e profundidade de cerca de 15cm
Materiais: Papel, resina, fibra de vidro, tecido.
Técnica: Estrutura feita em papel, cola branca, e resina com fibra de vidro, coberta com flores feitas com tecido.
Ano: 2018
Como tema desta e da próxima proposta, parti da lenda mitológica de Penélope. Penélope, que tece e que desfaz o que tece incansavelmente, não por hábito, por rotina, mas por uma necessidade maior de continuar numa espera infinita de alguém que poderia nunca chegar. Tornando assim esse acto repetitivo algo ritualizante que era feito num confinamento desejado e que era feito precisamente para o manter dessa mesma forma.
Esta ideia de clausura desejada e autoinfligida, é algo que me interessa trabalhar. Portanto, cheguei até ao tema da “Clausura desejada pelo próprio”, e pretendo trabalhado como algo que realmente se deseja e se pratica num espectro positivo e não numa prisão que nos impomos para nos punirmos. É algo que sinceramente desejamos, e por vezes precisamos. Não como um castigo, uma punição, mas porque realmente assim o teve de ser.
Esta peça representa uma forma circular, como um cerco, algo que gira e onde não há cantos por onde fugir. É uma coroa de flores brancas que faço não para mim, não para alguém. São flores, muitas, muitas, muitas flores, e poderiam ser mais, e deveriam ser mais, e talvez venham a ser mais. É só mais uma flor, mais uma, e mais uma…
Título: “Só mais uma flor, e outra, e outra…”
Dimensões: Forma circular com 90cm de diâmetro e profundidade de cerca de 15cm
Materiais: Papel, resina, fibra de vidro, tecido.
Técnica: Estrutura feita em papel, cola branca, e resina com fibra de vidro, coberta com flores feitas com tecido.
Ano: 2018
Como tema desta e da próxima proposta, parti da lenda mitológica de Penélope. Penélope, que tece e que desfaz o que tece incansavelmente, não por hábito, por rotina, mas por uma necessidade maior de continuar numa espera infinita de alguém que poderia nunca chegar. Tornando assim esse acto repetitivo algo ritualizante que era feito num confinamento desejado e que era feito precisamente para o manter dessa mesma forma.
Esta ideia de clausura desejada e autoinfligida, é algo que me interessa trabalhar. Portanto, cheguei até ao tema da “Clausura desejada pelo próprio”, e pretendo trabalhado como algo que realmente se deseja e se pratica num espectro positivo e não numa prisão que nos impomos para nos punirmos. É algo que sinceramente desejamos, e por vezes precisamos. Não como um castigo, uma punição, mas porque realmente assim o teve de ser.
Esta peça representa uma forma circular, como um cerco, algo que gira e onde não há cantos por onde fugir. É uma coroa de flores brancas que faço não para mim, não para alguém. São flores, muitas, muitas, muitas flores, e poderiam ser mais, e deveriam ser mais, e talvez venham a ser mais. É só mais uma flor, mais uma, e mais uma…
Proposta 5 - Quase Final
Título: “Reflection on solitude”
Dimensões: 120x45x100cm
Materiais: Espelho, linho, linha de bordar, crina de cavalo, veludo
Técnica: Bordado sobre linho
Ano: 2018
Tal como no trabalho anterior, o tema advém da premissa original “clausura imposta/desejada pelo próprio”. Portanto, uma vez mais, neste exercício que pretende ser um prelúdio de uma finalização, tentei abordar o tema do confinamento, e principalmente da autorreflexão.
Se pensarmos neste tipo de condutas, ás quais nos podemos cometar pela procura dessa mesma solidão e afastamento, é inevitável interligarmos isso com a vertente da reflecção e do autoconhecimento nos levando até a um ponto de recolha. Decidi por isso realizar um livro, como se fosse uma espécie de testemunho de um período de claustro. Um livro todo feito em linho branco cru, e bordado á mão com linha de bordar, e com crina de cavalo. Sendo que, todos os bordados presentes são reflexões, são autorretratos.
Como suporte, uso dois espelhos para que quando o espectador visualizar o livro ver a sua imagem refletida no espelho, abordando uma vez mais esse lado da reflexão individual de cada um de nós. Para além disso o trabalho possui uma almofada de veludo para que a pessoa se possa ajoelhar e limitando assim a um, o número de pessoas que pode experienciar a obra ao mesmo tempo.
Dimensões: 120x45x100cm
Materiais: Espelho, linho, linha de bordar, crina de cavalo, veludo
Técnica: Bordado sobre linho
Ano: 2018
Tal como no trabalho anterior, o tema advém da premissa original “clausura imposta/desejada pelo próprio”. Portanto, uma vez mais, neste exercício que pretende ser um prelúdio de uma finalização, tentei abordar o tema do confinamento, e principalmente da autorreflexão.
Se pensarmos neste tipo de condutas, ás quais nos podemos cometar pela procura dessa mesma solidão e afastamento, é inevitável interligarmos isso com a vertente da reflecção e do autoconhecimento nos levando até a um ponto de recolha. Decidi por isso realizar um livro, como se fosse uma espécie de testemunho de um período de claustro. Um livro todo feito em linho branco cru, e bordado á mão com linha de bordar, e com crina de cavalo. Sendo que, todos os bordados presentes são reflexões, são autorretratos.
Como suporte, uso dois espelhos para que quando o espectador visualizar o livro ver a sua imagem refletida no espelho, abordando uma vez mais esse lado da reflexão individual de cada um de nós. Para além disso o trabalho possui uma almofada de veludo para que a pessoa se possa ajoelhar e limitando assim a um, o número de pessoas que pode experienciar a obra ao mesmo tempo.